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sábado, 21 de março de 2015

Prefeitos podem fazer aporte para salvar Hospital Regional

Os prefeitos que compõem a Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi) consideraram nesta quinta-feira (19), a possibilidade de fazer um aporte financeiro para diminuir a escassez de recursos do Hospital Regional do Norte Pioneiro, de Santo Antônio da Platina, que interrompeu o atendimento à população na segunda-feira, 16. A interrupção no atendimento é uma iniciativa de médicos e funcionários para protestar para a grave crise financeira porque passa o HR.

Reunidos na sede da Amunorpi, em Santo Antônio da Platina, 16 dos 26 prefeitos da região discutiram a crise e avaliaram que emergencialmente o aporte pode ser uma das alternativas para diminuir o déficit da entidade. A ideia foi proposta pelo prefeito de Joaquim Távora, Gelson Nassar (PSDB) que sugeriu que uma contribuição baseada nos mesmo valores pagos mensalmente pelos municípios ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi) que divide a gestão da casa de saúde junto com a Sesa, poderia ser uma solução rápida. O objetivo é conseguir, pelo menos, R$ 300 mil para diminuir o déficit.

Levantamento feito pela Tribuna do Vale aponta que o déficit acumulado do Hospital Regional é de cerca de R$ 2 milhões. Na quarta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) confirmou o pagamento de cerca de R$ 680 mil referentes a duas parcelas do convênio da gestão compartilhada da casa de saúde. Com mais o aporte dos municípios, seria possível pagar médicos, funcionários, fornecedores e impedir que o hospital feche por tempo indeterminado.

Porém, antes de colocar a proposta em prática, uma comissão de prefeitos, liderada por Guilherme Cury Saliba Costa, pretende descobrir qual é a real situação financeira do HR. Na próxima quarta-feira, 25, os prefeitos voltam a se reunir na sede da Amunorpi para escolher a nova diretoria do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi). Guilherme Costa deve ser escolhido o presidente do consórcio. Além de escolher a nova diretoria, os prefeitos vão definir quais os critérios para o aporte financeiro ao HR.

Gestão

Se a crise financeira do Hospital Regional do Norte Pioneiro é reflexo direto no atraso das parcelas do convênio que cabem à Secretaria Estadual de Saúde, por outro lado os prefeitos da região insistem que parte do problema se diz respeito à gestão. O prefeito de Tomazina, Guilherme Costa revelou que, pelo menos, uma das três parcelas do convênio com a Sesa já vencidas sequer foi emitida pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi). “Não há nem como cobrar. É nítido que há uma falha”, disse.

Presente na reunião, o diretor-executivo do Cisnorpi, Esmael de Carvalho, pediu a palavra para anunciar a sua demissão do cargo. “Se é um problema de gestão, é preciso dizer que sem dinheiro não se faz uma boa gestão”, desabafou. Carvalho disse que permanece no cargo somente até a escolha da nova diretoria do consórcio.
da Tribuna do Vale

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