Médico veterinário da Vigilância Ambiental defende que cuidados preventivos são essenciais no combate à doença. Duas pessoas morreram em um mês no Paraná, sendo uma em Londrina
Com duas mortes recentes confirmadas no Paraná – sendo uma em Londrina, a febre maculosa voltou a ser motivo de preocupação.
“É claro que é uma doença grave, mas a população não precisa se apavorar por conta disso. O clima de Londrina é favorável para o ciclo do carrapato estrela [hospedeiro da bactéria causadora da doença] e isso quer dizer que é impossível eliminar todos os carrapatos, mas dá para controlar”, defende o médico veterinário da Vigilância Ambiental, Valmor Venturini.
O médico veterinário lembra que nem todo o carrapato estrela está contaminado com a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da doença. No entanto, não existem pesquisas para determinar o nível de contaminação na região de Londrina. Desta forma, Venturini defende que é importante manter gramas bem aparadas e os animais de sangue quente – como cachorros, cavalos e capivaras – bem cuidados.
“Visitas frequentes ao médico veterinário são importantes para eliminar a presença dos carrapatos. Muita gente acredita que eliminar fundos de vale, onde há matos e animais, seria uma solução, mas já encontrei carrapatos até mesmo em casas todas azulejadas. Então, não ter mato, não é garantia de prevenção.”
Sem vacina
Como não existe vacina contra a febre maculosa, Venturini afirma que em casos de suspeita de carrapatos contaminados, é preciso acionar a Vigilância Ambiental. “Infelizmente não temos estrutura para a ação de eliminar o carrapato, mas podemos dar as orientações.”
Pessoas que acreditam que podem ter sido contaminadas, devem procurar um médico e comunicar ao profissional a suspeita, especialmente, se teve contato com animais de sangue quente ou em solos onde há possibilidade da presença do carrapato estrela.
“O problema é que muitas vezes o diagnóstico é demorado porque as zoonoses são as últimas coisas a serem cogitadas em uma consulta médica”, critica.
Sintomas
Entre os agravantes da doença está o fato de que os sintomas da febre maculosa são parecidos com o de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor da cabeça, inapetência e desânimo.
Depois, aparecem pequenas manchas avermelhadas. Elas podem ser pequenas e salientes, como picadas de pulgas, ou até provocar pequenas hemorragias subcutâneas. A diferença para doenças como sarampo, rubéola e dengue hemorrágica é que as erupções causadas pela febre maculosa podem aparecer, também, nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Em sua página oficial, o médico Dráuzio Varella explica que tudo isso é causado por uma bactéria que cai na corrente sanguínea e causa lesões nas camadas internas dos vasos, problema conhecido como vasculite. Os primeiros sintomas aparecem de dois a quatorze dias depois da picada. Na imensa maioria dos casos, sete dias depois.
Sema garante que capivaras do Parque Arthur Thomas não têm a doença
Uma das atrações do Parque Arthur Thomas, as capivaras recebem tratamento especial no combate ao carrapato estrela, responsável pela transmissão da febre maculosa, causado pelo carrapato contaminado. “Os animais recebem remédios específicos de combate ao carrapato com uma periodicidade determinada pelos profissionais da Secretaria”, explica a secretária interina do Meio Ambiente, Silvia Cebulski.
De acordo com Silvia, o controle é necessário porque as capivaras do parque estão sujeitas ao contato humano. “Mas como há este combate frequente, não há informações de que o carrapato tenha sido encontrado nesses animais nos últimos anos”, garante.
Por conta da ligação existente entre as áreas verdes, as capivaras do Parque Arthur Thomas costumam percorrer caminhos até o Parque Ecológico Doutor Daisaku Ikeda. “Nesta área, o contato com humanos é mais difícil, mas, mesmo se existisse, os animais não ofereceriam risco à população.”
Como evitar a contaminação • Usar roupas que evitem o contato com os carrapatos, de preferência de cor clara para facilitar sua visualização.
• Repelentes podem ser aplicados às roupas e calçados.
• Carrapatos detectados nas roupas devem ser coletados com o auxílio de pinça ou fita adesiva.
• Não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e contaminar partes do corpo com lesões.
• Examinar o corpo a cada 3 horas para verificar a presença de carrapatos e retirá-los, preferencialmente, com o auxílio de pinça. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção
• Comunicar à Secretaria de Saúde de seu município sobre áreas infestadas em ambiente rural ou urbano.
Com duas mortes recentes confirmadas no Paraná – sendo uma em Londrina, a febre maculosa voltou a ser motivo de preocupação.
“É claro que é uma doença grave, mas a população não precisa se apavorar por conta disso. O clima de Londrina é favorável para o ciclo do carrapato estrela [hospedeiro da bactéria causadora da doença] e isso quer dizer que é impossível eliminar todos os carrapatos, mas dá para controlar”, defende o médico veterinário da Vigilância Ambiental, Valmor Venturini.
O médico veterinário lembra que nem todo o carrapato estrela está contaminado com a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da doença. No entanto, não existem pesquisas para determinar o nível de contaminação na região de Londrina. Desta forma, Venturini defende que é importante manter gramas bem aparadas e os animais de sangue quente – como cachorros, cavalos e capivaras – bem cuidados.
“Visitas frequentes ao médico veterinário são importantes para eliminar a presença dos carrapatos. Muita gente acredita que eliminar fundos de vale, onde há matos e animais, seria uma solução, mas já encontrei carrapatos até mesmo em casas todas azulejadas. Então, não ter mato, não é garantia de prevenção.”
Sem vacina
Como não existe vacina contra a febre maculosa, Venturini afirma que em casos de suspeita de carrapatos contaminados, é preciso acionar a Vigilância Ambiental. “Infelizmente não temos estrutura para a ação de eliminar o carrapato, mas podemos dar as orientações.”
Pessoas que acreditam que podem ter sido contaminadas, devem procurar um médico e comunicar ao profissional a suspeita, especialmente, se teve contato com animais de sangue quente ou em solos onde há possibilidade da presença do carrapato estrela.
“O problema é que muitas vezes o diagnóstico é demorado porque as zoonoses são as últimas coisas a serem cogitadas em uma consulta médica”, critica.
Sintomas
Entre os agravantes da doença está o fato de que os sintomas da febre maculosa são parecidos com o de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor da cabeça, inapetência e desânimo.
Depois, aparecem pequenas manchas avermelhadas. Elas podem ser pequenas e salientes, como picadas de pulgas, ou até provocar pequenas hemorragias subcutâneas. A diferença para doenças como sarampo, rubéola e dengue hemorrágica é que as erupções causadas pela febre maculosa podem aparecer, também, nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Em sua página oficial, o médico Dráuzio Varella explica que tudo isso é causado por uma bactéria que cai na corrente sanguínea e causa lesões nas camadas internas dos vasos, problema conhecido como vasculite. Os primeiros sintomas aparecem de dois a quatorze dias depois da picada. Na imensa maioria dos casos, sete dias depois.
Sema garante que capivaras do Parque Arthur Thomas não têm a doença
Uma das atrações do Parque Arthur Thomas, as capivaras recebem tratamento especial no combate ao carrapato estrela, responsável pela transmissão da febre maculosa, causado pelo carrapato contaminado. “Os animais recebem remédios específicos de combate ao carrapato com uma periodicidade determinada pelos profissionais da Secretaria”, explica a secretária interina do Meio Ambiente, Silvia Cebulski.
De acordo com Silvia, o controle é necessário porque as capivaras do parque estão sujeitas ao contato humano. “Mas como há este combate frequente, não há informações de que o carrapato tenha sido encontrado nesses animais nos últimos anos”, garante.
Por conta da ligação existente entre as áreas verdes, as capivaras do Parque Arthur Thomas costumam percorrer caminhos até o Parque Ecológico Doutor Daisaku Ikeda. “Nesta área, o contato com humanos é mais difícil, mas, mesmo se existisse, os animais não ofereceriam risco à população.”
Como evitar a contaminação • Usar roupas que evitem o contato com os carrapatos, de preferência de cor clara para facilitar sua visualização.
• Repelentes podem ser aplicados às roupas e calçados.
• Carrapatos detectados nas roupas devem ser coletados com o auxílio de pinça ou fita adesiva.
• Não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e contaminar partes do corpo com lesões.
• Examinar o corpo a cada 3 horas para verificar a presença de carrapatos e retirá-los, preferencialmente, com o auxílio de pinça. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção
• Comunicar à Secretaria de Saúde de seu município sobre áreas infestadas em ambiente rural ou urbano.
fonte JL de Londrina
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