O Governo do Estado intensifica o auxílio aos municípios que enfrentam altos índices de infestação do mosquito transmissor da dengue e de ocorrência da doença. Os números mais elevados se concentram hoje na região noroeste e oeste do Paraná, onde as temperaturas são mais quentes e propensas ao aumento significativo de casos.
Um dos municípios que enfrentam essa situação é Maringá, no noroeste do estado, com registro de 871 ocorrências. Para apoiar o município, a secretaria estadual da Saúde disponibilizou à prefeitura sete UBVs pesados (fumacês) e 12 agentes de endemias para reforçar o combate à dengue. A partir da segunda semana de janeiro, a cidade começou a registrar um aumento no número de casos da doença, motivo que levou Estado e município a unirem forças.
O fumacê serve para reforçar o trabalho já realizado pela equipe de agentes do município, que utilizam os UBVs costais para eliminar focos do mosquito nas residências e demais estabelecimentos. Já os agentes cedidos pelo Estado atuarão na operação desses equipamentos para que as ações possam ser realizadas em dois turnos (manhã e tarde), aumentando as chances da situação ser controlada em menos tempo. Para que todos os bairros sejam atingidos, serão percorridos 2.500 quarteirões, o que inclui casas, comércios, escolas, entre outros.
Além de Maringá, municípios como Alvorada do Sul, Nova Londrina e Marilena já receberam o apoio do governo estadual por meio da ação complementar dos fumacês.
INVESTIGAÇÃO - A secretaria estadual da Saúde investiga duas mortes com suspeita da doença em Maringá, porém é necessário aguardar o relatório final da equipe multidisciplinar composta por profissionais do município que avalia os casos para confirmação ou descarte.
As ações de prevenção feitas pela secretaria de Saúde de Maringá acontecem regularmente, por meio dos mutirões de limpeza, dos agentes de endemias e do comitê de combate à dengue formado por representantes do governo local e da sociedade civil. Para resolver o problema atual, as unidades de saúde estão funcionando com horário estendido, até as 22 horas. As equipes médicas foram reforçadas para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível e o paciente inicie o tratamento o quanto antes.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Antonio Carlo Nardi, combater a dengue é unir forças. “Na semana passada já conseguimos constatar a diminuição dos casos. Agora, com a ajuda do Governo do Estado, temos certeza que vamos controlar a situação”.
PREVENÇÃO - A participação da população ainda é a forma mais eficaz de combate ao Aedes aegypti, que deposita seus ovos em recipientes com água. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, “todos os cidadãos devem se conscientizar do risco que estão correndo, pois a dengue não é uma realidade apenas das regiões com alto índice de infestação. Manter as casas e quintais livres do foco do mosquito transmissor também é responsabilidade de cada morador.”
A Central de Relacionamento do Estado que, desde fevereiro, orienta a população sobre como combater a dengue, intensificará as ligações telefônicas em Maringá e Sarandi, que também registra altos índices de infestação. Em dois meses, já foram realizadas 11.679 ligações para um total 66 municípios.
NÚMEROS – De agosto de 2013 até essa terça-feira (25), 3.700 casos de dengue foram confirmados. Nove deles apresentaram quadros clínicos mais graves e uma pessoa morreu em decorrência da doença.
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