O prefeito de Cornélio Procópio, Fred Alves, coordenou uma reunião entre vários setores da comunidade ligados à saúde e ao Ministério Público no sentido de minimizar os problemas enfrentados pelos gestores de saúde quanto ao aumento da demanda reprimida de vários tipos de procedimentos cirúrgicos eletivos, isto é, aqueles que não necessitam ser feitos com urgência. São procedimentos originárias do SUS (Sistema Único de Saúde) e a discussão, que terá sequencia na semana que vem, é para encontrar uma solução para os casos que no momento integram uma lista de espera.
“Esse é um grande dilema que temos no município e a reunião foi justamente para tentar encontrar uma solução para o problema”, relatou a vice-prefeita Aurora Fumie Dói. Ela participou do encontro ao lado do promotor de Justiça, Ricardo Baldacin Salgado, do diretor presidente da Casa de Misericórdia, médico José do Carmo Neto, e do chefe da 18ª Regional de Saúde, Edimar Santos, entre outros. Segundo ela, existe no momento mais de quatrocentas do que chamou de cirurgias represadas e, embora estejam entre as que podem aguardar, com o passar do tempo, acabam entrando para as de estado grave, passando a exigir providência imediata.
Nova reunião foi agendada para a quarta-feira da semana que vem, ficando estabelecido que cada participante procure uma saída jurídica para agilizar o processo.”De nada adianta liberar a AIH (Autorização de Internação Hospitalar) e fazer uma pactuação por pacote, pois isto é uma prática ilegal. Assim, o objetivo é ter mesmo uma saída jurídica para poder repassar o recurso no sentido de viabilizar essas cirurgias para a população”, apontou a vice-prefeita, que é enfermeira de formação.
Atualmente, o valor que o hospital recebe por esse tipo de procedimento é considerado irrisório. Com isso, a grande maioria dos profissionais se recusa a realizar cirurgias desse tipo seguindo a tabela do SUS, exigindo uma complementação. Um dos argumentos é justamente encontrar uma fórmula para que o município possa ajudar a Santa Casa a realizar essas cirurgias. Como a tabela da AIH está bastante defasada, não cobre as despesas que o hospital tem com esse trabalho que inclui anestesistas, cirurgiões e assistentes, entre outras despesas.
Aurora cita como exemplo uma cirurgia de amígdala adenóide que custa em torno de R$ 100. Neste valor estão embutidos desde a internação, medicamentos e todos os exames necessários, o trabalho dos profissionais que vão participar da cirurgia e outros serviços hospitalares. E é justamente por esse motivo que as demandas estão represadas. A participação do Ministério Público na reunião foi para buscar uma forma legal de o município contribuir com esses procedimentos. (Comunicação/Prefeitura).
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