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terça-feira, 4 de maio de 2010

Nadador potiguar é cotado para substituir ídolo brasileiro

Alguns clubes tradicionais da natação vêm perdendo os seus atletas para equipes de massa. Os casos de maior repercussão foram as saídas de César Cielo, que deixou o Pinheiros e foi para o Flamengo e Thiago Pereira que saiu do Minas Tênis Clube para integrar o Corinthians. Porém, não é por conta dessas perdas que as potências da natação vão enfraquecer. As equipes agora estão procurando jovens talentosos para substituírem os mais famosos, com o intuito de formar os novos campeões mundiais, como os clubes já fazem ao longo de suas histórias. Um dos atletas que se encaixa neste perfil é o potiguar Marcos Macêdo, de 19 anos, apontado como um dos melhores nadadores do mundo da sua idade e que é cogitado para a vaga de Cielo no Pinheiros.

O potiguar, que atualmente defende o São Caetano, já foi procurado pelo Pinheiros em duas oportunidades, mas recusou porque ele se prepara também para o vestibular de medicina, no qual ficou muito próximo de ser aprovado em 2008 e 2009. Ele permaneceu no São Caetano, porque o clube do ABC paulista aceitou essa conciliação, enquanto o Pinheiros queria que o atleta ficasse em tempo integral no clube. O Unisanta também procurou Macêdo, mas exigiu as mesmas condições do Pinheiros.


Motivado tanto nos estudos, como no esporte, Marcos promete analisar com carinho se as especulações de uma nova proposta se confirmar. "Mesmo não estando em São Paulo, eu fico sabendo das cogitações no mercado, principalmente quando envolve meu nome. Algum amigo sempre liga dizendo que a equipe me quer de qualquer jeito, para ser o representante deles nas Olimpíadas. No Maria Lenk, então, todo mundo já está falando que depois da perda de Cielo o Pinheiros quer me contratar, até porque sou o único campeão nacional que não treino no eixo Rio-São Paulo ou fora do país. Para mim só depende da aprovação do vestibular para aceitar um convite desses, pois pretendo trancar o curso, garantindo o meu futuro com uma vaga na faculdade, e me dedicar ao esporte pensando só nas Olimpíadas", declarou o atleta, que ficou entre os 40 melhores na primeira fase do vestibular de medicina da UFRN ano passado, mas perdeu posições na segunda fase e, por isso, não foi aprovado.


Nos próximos dias, o interesse do Pinheiros pelo nadador pode aumentar porque ele está fazendo bonito no Troféu Maria Lenk. Marcos Macêdo não tem a mesma estrutura de treinamento dos principais atletas do Brasil, mas está se destacando, tanto que ficou a frente do nadador olímpico Nicolas Oliveira nos 50 m livre. Marcos não se classificou para a grande final dos 50 m livre por conta de 17 centésimos, prova fora de sua especialidade. As chances do potiguar medalhar são maiores na prova dos 50 m borboleta e dos 100 m livre, que se encerram no final de semana.


Histórico:


O currículo de Marcos Macêdo deixa-o propício para atender aos projetos de qualquer clube que ele vier a defender. Ele é o atleta que conseguiu chegar ao objetivo de conquistar uma medalha no Troféu Maria Lenk mais novo. Em 2008, ele tinha apenas 17 anos quando ganhou um bronze nos 50 m borboleta, derrotando feras da natação como Nicholas Santos e Kaio Márcio. Naquele mesmo ano, Marcos ainda ganhou um bronze no Campeonato Mundial Júnior, no revezamento 4 x 100 m livre. Além disso, recentemente foi divulgada uma pesquisa mostrando que os brasileiros foram os atletas que mais evoluíram no planeta e entre os nadadores de 19 anos, o quarteto brasileiro, que o potiguar faz parte, é mais rápido do mundo.


No ano passado, Marcos Macêdo continuou em plena evolução chegando a várias finais no Troféu Maria Lenk e ainda conquistou duas medalhas no Campeonato Brasileiro, inclusive o título dos 50 m borboleta, nado que já é a sua especialidade e deve colocá-lo nas Olimpíadas.O nadador do Rio Grande do Norte espera fazer sucesso se confirmar essa sua transferência, mas prefere evitar comparações com César Cielo ou qualquer outro nadador, caso venha a defender o Pinheiros. "Nunca gostei de comparações, nem quando os amigos brincam me chamando de Phelps de Natal. Eu jamais serei o substituto de alguém, mesmo que conquiste todos os títulos do mundo, pois cada um tem a sua história. Cielo, por exemplo, é um ícone do esporte nacional porque ele é o Cielo e não por ser o novo Gustavo Borges ou Xuxa", avisou o campeão potiguar.


Fonte: DN Online

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